O feijão guandu (Cajanus cajan) é uma leguminosa arbustiva que pertence à família das fabáceas. Também conhecido como andu, ele está presente em diferentes partes do país, como nos estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia e Piauí, inclusive nos quintais em bairros das cidades destes estados. Isso se deve à sua fácil implantação e manejo, bem como à alta adaptabilidade.
Outros nomes: guisante de angola, ervilha de angola, ervilha do congo.
A leguminosa é originária da Ásia tropical, mas foi trazida ao Brasil junto dos escravos vindos da África. Com isso, ela foi sendo distribuída pelo território nacional e semi-naturalizada na região tropical. Além de ser uma fonte rica de alimentação humana, ela também serve como alimento animal, forragem e cultura de adubação verde.
As principais características da planta são: arbusto semidecíduo, com altura entre 1 e 4 m, sistema radicular do tipo pivotante, com raiz principal que pode atingir até 3 m de profundidade, e raízes secundárias que, por sua vez, são finas e podem chegar a até 30 cm.
Além de o guandu apresentar elevada produção de fitomassa, tem alta concentração de nutrientes na folha e, por ele ser uma leguminosa, a sua capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico é excelente, criando assim a combinação perfeita para uma boa planta de cobertura.
A planta tem propriedades diuréticas, adstringente, antidisentérica, febrífuga, laxativa, anti-hemorrágica, vulnerária e antiblenorrágica.
Este feijão tem vários benefícios: alto teor de proteínas e fibras, grande quantidade de vitamina A, rico em fósforo, potássio, magnésio, ferro e zinco, ajuda a prevenir contra a anemia e faz bem ao coração, fonte de vitaminas do complexo B, fortalece o sistema imunológico e faz bem para a pele, ajuda a controlar o índice glicêmico.
As folhas e flores também são utilizadas de forma terapêutica, pois tem propriedades diuréticas, adstringentes, antidisentéricas, febrífugas, laxativas, anti-hemorrágicas, vulnerárias e antiblenorrágicas. É indicada para os casos de Infecção do útero, diarreia, estômago, intestino, hemorragia, inflamações da garganta, tosse, bronquite, febre, úlceras, dores e inflamações diversas, infecções pulmonares.
Lembrando que o antídoto pode virar o veneno e o veneno pode virar o antídoto, basta saber não exagerar, principalmente no consumo do feijão. Tem gente que coloca tanta coisa no feijão (principalmente animais mortos) e acaba fazendo o efeito contrário: adoecer ao invés de prevenir doenças.
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