A utilização desta planta bulbosa, da família das Liliáceas, terá começado muito cedo na história da humanidade, o que é documentado por vestígios com mais de 10 000 anos encontrados em cavernas.
Muitas foram as civilizações que ao longo dos milênios sucumbiram aos encantos do bulbo desta planta.
Os egípcios integraram-no em fórmulas para o tratamento de problemas de coração, dores de cabeça, tumores e outros males e incluíram-no nos bens colocados nos túmulos dos faraós.
Foram encontrados documentos chineses, datados de 2700 a. C., que descrevem o alho como uma substância que trata diversos problemas e potencia o vigor.
Num livro persa de plantas medicinais, escrito há milhares de anos atrás, pode ler-se ele cura tosse e supurações do peito, não importa quão violentas sejam.
Tem o poder de prevenir a estagnação do sangue.
Também o médico grego Hipócrates, considerado o pai da Medicina, exaltou as propriedades terapêuticas do alho, incluindo-o na sua lista de plantas medicinais mais benéficas, enquanto Dioscórides, igualmente médico da Grécia Antiga, escreveu: O seu aroma limpa as artérias.
Mais tarde, Paracelso considerou-o uma planta sagrada. Mas até os escritores clássicos não foram indiferentes aos efeitos desta planta.
O poeta Virgílio recomendava-o como alimento fortificante para quem efetua trabalhos pesados e Homero inclui-o numa das suas mais famosas obras A Odisseia num episódio em que Ulisses usa o alho para fazer render a feiticeira Circe aos seus encantos.
Apesar de ser indiscutível o interesse suscitado por esta planta, as suas aplicações foram tendo objetivos diferentes e a sua popularidade não foi constante. Ao longo dos tempos, e em diferentes períodos, ela foi usada pelas suas propriedades regenerativa, antigripal, estimulante circulatória, purificadora do sangue, antibiótica, vermífuga e até afrodisíaca. No entanto, foi também utilizado como antídoto contra mordeduras de cobra e no tratamento de mordeduras de cães e ratos, como tratamento de problemas digestivos, para expulsar parasitas intestinais e para bochechar contra dores de dentes.
Na idade média foi usado na Europa Central como remédio contra a surdez e lepra e no século XVII como prevenção da peste bubônica. Durante a II Guerra Mundial, os soldados russos faziam-se acompanhar por dentes de alho que esmagavam nos bordos das feridas, para evitar possíveis infecções. Os próprios médicos de campanha utilizavam uma pasta de alho para tratar os ferimentos infectados dos soldados, especialmente como proteção contra gangrenas e sepsia. No entanto, esta utilização do alho foi sendo abandonada à medida que se descobriam drogas milagrosas, como a penicilina.
Mas o alho nunca deixou de ser utilizado e uma nova área de investigação nasceu em torno deste bulbo nas duas últimas décadas, multiplicando-se os trabalhos a um ritmo impressionante, acompanhando o consumo crescente.
Os consumidores diários do alho garantem que este produto natural possui um misterioso poder. São comuns descrições das suas potencialidades no tratamento de problemas respiratórios, dores de ouvidos, de cabeça e de estômago, congestão, diarreia, disenteria, arteriosclerose, hipertensão, reumatismo, gota, parasitas intestinais, tosse convulsa, úlceras, mordeduras de cobras, como afrodisíaco, tendo, ainda, como efeito último, a promoção da longevidade, retardando o envelhecimento. Grande parte desta panóplia de utilizações não possui qualquer credibilidade científica, mas para outras existem já algumas evidências de confirmação.
É possível encontrar algumas dezenas de estudos que atestam que o alho, sob variadas formas, pode promover um decréscimo nos níveis de colesterol e triglicéridos, em pacientes com elevados níveis destes lípidos, o que resultará numa redução dos distúrbios cardiovasculares, nomeadamente, a arteriosclerose, a trombose e o enfarte do miocárdio. Também o envelhecimento das paredes da aorta parece ser retardado pelo consumo diário de alho, resultado extremamente importante para explicar a sua atuação na redução da pressão sanguínea. Por exemplo, investigadores do Departamento de Medicina do New York Medical College encontraram uma redução de 5,5% na pressão sistólica e uma suave redução na pressão diastólica do sangue, como resposta ao consumo de extratos de alho. São, assim, muitos os estudos que relacionam o alho com a prevenção e tratamento da hipertensão.
Outra área de investigação pretende determinar os efeitos do alho na prevenção e tratamento de tumores. Foi provado que ele consegue travar o desenvolvimento de tumores em ratos, no cólon, reto, esófago, estômago e pele. Existem estudos em tubos de ensaio que demonstram a capacidade do alho inibir o crescimento das células cancerígenas da próstata, embora não se saiba ainda se o mesmo acontece no ser humano. Sabe-se, por exemplo, como resultado de estudos chineses comparativos de comunidades consumidoras regulares de alho com outras que não o incluem na sua dieta, que o câncer gastrointestinal apresenta uma menor incidência nas primeiras comunidades. No entanto, não se pode esperar que o alho consiga suspender completamente o desenvolvimento destes tumores, apesar das evidências apontarem para a existência de três tipos de mecanismos de ação afetando diretamente as células cancerígenas, aumentando as células do sistema imunitário que combatem as cancerígenas e inibindo determinadas substâncias químicas que se crê funcionarem como indutoras do desenvolvimento de carcinomas.
Eu descobri que tomando 1 copo de 100ml de água com 1 dente de alho esmagado 2x por dia e coado, ajuda a afastar os pernilongos. Pra mim deu resultado, porque sigo uma alimentação mais natural. Neste caso, fiz uma comprovação científica somente pra mim que pode não funcionar pra outras pessoas.
Aconselho a todos que consumam mais alho, de preferência cru, pois como a maioria das pessoas está com parasitas pelo corpo, o alho é um forte aliado para a limpeza do organismo. O alho também ajuda a fortalecer o sistema imunológico e você não dependerá de remédios caros e vacinas repletas de reações alérgicas. Veja as minhas outras postagens, visitem o meu portal, tem dezenas de dicas para uma vida saudável.
Como plantar alho
O alho é uma planta que pode atingir de 30 cm a até 120 cm de altura, e que forma um bulbo que contêm vários segmentos, normalmente denominados "dentes de alho". Estes podem ser consumidos tanto crus quanto cozidos ou assados, sendo geralmente utilizados como tempero ou condimento em diversos tipos de pratos culinários devido ao seu sabor marcante. Embora menos utilizados, as folhas jovens, os escapos (caules das flores), as flores, os bulbilhos que surgem junto as flores e as sementes também podem ser consumidos.
O alho também pode ser usado como pesticida natural, sendo comum o uso de extratos ou macerados de alho para combater algumas pragas em hortas e pequenas plantações.
Clima O alho pode ser cultivado em diversas regiões climáticas, havendo diversas cultivares adequadas a diferentes regiões. No entanto, regiões quentes e chuvosas não são adequadas para o plantio, pois é necessário que haja um período de frio no início ou na metade de ciclo de cultivo, com temperaturas entre 0°C e 15°C, para estimular a formação dos bulbos (a cabeça do alho). As plantas geralmente não formam os bulbos se a temperatura permanece acima de 25°C.
O ideal são temperaturas amenas enquanto as plantas crescem, com um período de baixas temperaturas no estágio em que os bulbos devem começar a se formar, seguido de meses mais quentes na época de maturação das cabeças.
Luminosidade Um cuidado necessário para ter sucesso ao plantar alho é escolher cultivares adaptadas ao fotoperíodo de sua região, ou seja, ao tempo de horas de luz, do nascer ao pôr do sol. Existem muitas cultivares adaptadas a diferentes fotoperíodos e condições climáticas, assim procure se informar acerca das melhores cultivares para o plantio em sua região.
O alho precisa receber luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente.
Solo O alho não é muito exigente quanto ao solo, podendo ser plantado em solos menos férteis, com menor disponibilidade de nitrogênio. O ideal é um solo leve, bem drenado e rico em matéria orgânica. O pH do solo pode ser de 5,5 a 8,3 (pH ideal de 6,2 a 7). O plantio em camalhões é recomendado se o cultivo será feito em solos argilosos pesados.
Irrigação O alho deve ser irrigado com frequência para que o solo seja mantido sempre úmido durante a fase inicial de crescimento da planta. Diminua a frequência das irrigações quando os bulbos estiverem crescendo. Cerca de 10 a 20 dias antes da colheita, suspenda a irrigação.
Plantio O alho pode ser cultivado a partir de sementes, mas é muito mais comum plantar os dentes do alho. Em plantações comerciais é recomendado separar os dentes por tamanho, pois o plantio de dentes de mesmo tamanho tende a produzir plantações mais uniformes. Contudo, em pequenas plantações domésticas, isso é menos importante. Dentes muito finos, danificados ou com sinais de apodrecimento devem ser descartados.
Plante cada dente no local definitivo a uma profundidade de 3 a 5 cm (pode chegar a ser 8 cm ou mais em regiões de inverno rigoroso). Os dentes também podem ser plantados em bandejas ou sementeiras, sendo transplantados após brotarem. É muito importante plantar os dentes na posição correta, com a parte mais fina do dente voltada para cima. O espaçamento pode ser de 25 a 30 cm entre as linhas de plantio, e 10 cm entre as plantas. Em pequenas plantações, sem linhas de plantio, o espaçamento pode ser de 15 a 18 cm entre as plantas. Espaçamentos maiores que esses propiciam que as plantas gerem cabeças maiores, mas a produtividade por área diminui. O alho também pode ser cultivado facilmente em vasos e jardineiras.
Geralmente o plantio é realizado no outono. Em regiões mais frias, pode ser plantado no fim do verão, no começo do outono ou no início da primavera. Em regiões com inverno ameno, o plantio pode ser feito no outono ou no inverno. Normalmente as melhores cabeças são colhidas de plantas que foram plantadas durante o outono. Para o cultivo em regiões mais quentes, os dentes podem ser armazenados sob refrigeração (0°C a 10°C) por um ou dois meses antes do plantio ser realizado (o período adequado de refrigeração varia com a cultivar).
Tratos culturais Retire as plantas invasoras que podem competir com o alho por nutrientes e recursos, pelo menos durante os três primeiros meses de cultivo.
Não plante alho em locais onde houve cultivo de alho ou cebola recentemente, pois seu cultivo no mesmo local aumenta muito o risco de surgimento de doenças na plantação.
Colheita A colheita do alho ocorre de 16 a 36 semanas após o plantio, dependendo da cultivar utilizada, da região onde o plantio é realizado, da época do ano, etc.
As cabeças de alho estão prontas para a colheita quando as folhas mais velhas começarem a amarelar e secar. Arranque a planta inteira, sem destacar as folhas, preferencialmente em dias secos e ensolarados.
A cura é o processo em que o alho perde o excesso de água e consiste em deixar os bulbos secando ao sol por alguns dias. Após este período, quando as folhas e a camada externa dos bulbos estiverem completamente secas, os bulbos podem ser armazenados em locais frescos e secos, em tranças, amarrados em varais de madeira ou bambu, ou em bandejas. É importante para a conservação das cabeças de alho mantê-las em ambiente seco e com boa ventilação. As cabeças de alho podem ser armazenadas por até quase um ano, dependendo da cultivar e das condições de armazenagem. Dentes soltos e cabeças danificadas não duram muito tempo.
No video abaixo, explico como fazer sementeiras de forma simples para plantar alho ou outros tipos de planta, aproveite, se inscreva, deixe o seu like e compartilhe com todos.