Até alguns anos atrás, a doença celíaca era considerada rara, afetando apenas uma entre alguns milhares de pessoas. Com o aperfeiçoamento das técnicas de diagnóstico da doença, o número de doentes aumentou, chegando a 1 caso a cada 133 pessoas. Os parentes mais próximos de pessoas com a doença celíaca têm a probabilidade de 4,5% de também desenvolvê-la. Os que apresentam sintomas intestinais sugestivos da doença têm uma probabilidade maior, em torno de 17%5. Como veremos, o número de casos da doença celíaca tem aumentado não apenas porque houve melhora nos exames de diagnóstico, mas também porque a própria incidência da doença aumentou. Não obstante, essa doença é um segredo bem guardado. Nos Estados Unidos, 1 caso a cada 133 pessoas equivale a pouco mais de 2 milhões de pessoas com a doença celíaca. No entanto, menos de 10% delas têm conhecimento disso. Um dos motivos pelos quais 1,8 milhão de norte-americanos não sabem que têm a doença celíaca é que ela é “a grande imitadora” (honra anteriormente conferida à sífilis), pois se manifesta de muitas formas. Enquanto 50% dos afetados sentirão as clássicas cólicas, diarreias e, com o tempo, perda de peso, a outra metade deles terá anemia, enxaqueca, artrite, sintomas neurológicos, infertilidade, baixa estatura (em crianças), depressão, fadiga crônica ou uma variedade de outros sintomas e perturbações que, à primeira vista, parecem não ter nada a ver com a doença celíaca. Em outras pessoas, a doença pode não causar absolutamente nenhum sintoma, mas manifestar-se mais adiante na vida como comprometimento neurológico, incontinência, demência senil ou câncer gastrointestinal. Os modos pelos quais a doença celíaca se manifesta também estão mudando. Até meados da década de 1980, a doença costumava ser diagnosticada em crianças com sintomas como “dificuldade para crescer” (perda de peso, crescimento insuficiente), diarreias e distensão abdominal, antes dos 2 anos de idade. Mais recentemente, é mais provável que ela seja diagnosticada em razão de uma anemia, dor abdominal crônica, ou mesmo na ausência de sintomas, e isso só quando a criança já está com 8 anos de idade ou mais. Num grande estudo clínico realizado no Stollery Children’s Hospital [Hospital Pediátrico de Stollery], em Edmonton, Alberta, o número de crianças em que a doença celíaca foi diagnosticada aumentou onze vezes de 1998 a 2007. O interessante é que 53% das crianças que foram diagnosticadas por meio de exames de anticorpos ainda não apresentavam nenhum sintoma celíaco, e ainda assim disseram estar se sentindo melhor com a eliminação do glúten.
Este trecho foi extraído do livro Barriga de Trigo, disponível na minha biblioteca digital que você pode acessar aqui.
É importante salientar que praticamente A MAIORIA das doenças físicas e emocionais tem origem no consumo de alimentos refinados (trigo, açúcar, amido, glúten, etc) e a cura dessas inflamações começa quando você ELIMINA totalmente da sua vida esses alimentos desnecessários e passa a investir mais em alimentos crus e naturais (frutas, legumes e verduras), exercícios para o corpo e a mente e muito sol.
Mude o seu mundo e mudará o planeta!